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Bugio-ruivo, Bugio, Barbado, Guariba (allouatta guariba clamitans).
Photo: Itamar Maximo de Sena.
Sighting Location: Vila dos Pereiras, Piracaia - São Paulo - Brasil.
Geolocation of the Sighting: Latitude: 23º 04' 650" S
-- Longitude: 46º 23' 983" W
O táxon não é endêmico ao Brasil, ocorrendo também na Argentina (Mendes et al. 2008).
Ocorre no leste do Brasil, ao longo do Bioma Mata Atlântica (latu sensu) nos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Mendes et al. 2008).
Sua
distribuição é limitada ao sul pela bacia do rio Camaquã (Printes et al. 2001).
A província de Misiones na Argentina representa o limite oeste (Crespo 1954,
Rylands et al. 1988, Di Bitetti et al. 1994).
Não está claro o limite norte, podendo ser o rio Doce (Kinzey 1982) ou o rio Jequitinhonha, pois os bugios ao longo da margem norte do rio Doce são praticamente indistinguíveis dos bugios ao longo da margem sul desse rio (Mendes et al. 2008).
Contudo, Rylands et al. (1988)
encontraram indivíduos com coloração ouro-pálida típica de A. g. guariba ao sul do
baixo Jequitinhonha. Porém, os mesmos autores registraram indivíduos com o
dicromatismo sexual típico de A. g. clamitans mais a oeste, ao norte do médio Jequitinhonha.
Há poucos registros de bugios ao norte do rio Jequitinhonha (Mendes et al. 2008).
Há simpatria e possível hibridação também no município de São
Francisco de Assis, RS (Bicca-Marques et al. 2008) e ao longo das matas
ripárias do rio Paraná (entre Porto Figueira e Porto Camargo) e nas ilhas e
várzeas da APA do rio Paraná (Aguiar et al. 2007).
Nesta
região ocorre o ecótono entre os biomas Mata Atlântica (típico de A. g. clamitans) e Cerrado (típico
de A. caraya).
É preciso uma maior amostragem no limite oeste do táxon no Brasil, particularmente em São Paulo e Minas Gerais, assim como no limite norte para definir onde começa a área de ocorrência da subespécie Alouatta guariba guariba.
Também há
necessidade de mais estudos em potenciais zonas de simpatria com A. caraya em outros
estados, além dos locais detectados no Paraná e Rio Grande do Sul.
Particularmente
relevante seria estudar remanescentes ao longo do rio Tietê e afluentes da
margem esquerda do rio Grande para definir precisamente os limites entre A. guariba clamitans e A. caraya.
O
Atlas da fauna em Unidades de Conservação do estado de Minas Gerais (IEF 2011)
menciona a ocorrência de Alouatta guariba (sem identificar a subespécie) em
três UCs em locais de dúvida quanto à subespécie: PE Serra Negra, PE Rio Preto
e ESEC Mata dos Ausentes.
Há indicações (inferências, suspeitas) de que a distribuição
atual do táxon está reduzida em relação a sua área de ocupação histórica,
devido à extensa fragmentação florestal nos estados do Sul e Sudeste do Brasil.
Em porções da distribuição há vácuos de ocorrência da espécie, a despeito da ocorrência de fragmentos florestais que potencialmente poderiam abrigá-la.
Com o último surto de febre amarela, caça e
os abates por seres humanos, subpopulações podem ter sido extintas (Almeida et
al. 2012, Fialho et al, 2012). Holzmann et al. (2010) relatam a extinção de uma
população em uma UC na Argentina (El Piñalito Provincial Park, Misiones).
Portanto, não se pode descartar que o mesmo
tenha ocorrido no Brasil, particularmente em fragmentos pequenos.
Novos surtos de febre amarela poderão
comprometer ainda mais a sobrevivência das populações remanescentes nestes
locais.
A extensão de ocorrência da espécie é maior do que 20.000 km²
e infere-se que sua área de ocupação seja maior que 2.000 km² com base na
ocorrência no continuum florestal da Serra do Mar e em sua capacidade de
sobreviver em manchas menores.
Credits: Júlio César Bicca-Marques1, Sandro Leonardo Alves2, Bianca Ingberman3, Gerson Buss4, Brígida Gomes Fries5, André Alonso6, Rogério Grassetto Teixeira da Cunha7 & João Marcelo Deliberador Miranda8.
Sighting Location: Vila dos Pereiras, Piracaia - São Paulo - Brasil.
Geolocation of the Sighting: Latitude: 23º 04' 650" S -- Longitude: 46º 23' 983" W
Saiba mais em: ICMBIO
Fonte: https://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7179-mamiferos-alouatta-guariba-clamitans-guariba-ruivo
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Posted by: Itamar
Maximo de Sena.
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